No Transtorno da Personalidade Borderline existe um padrão de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, além de impulsividade e agressividade acentuadas.
Nesse tipo de transtorno, a pessoa realiza esforços desesperados para evitar o abandono real ou imaginário. Os relacionamentos são instáveis e intensos, alternando-se comportamentos de sentimentos de desvalorização e idealização. Nela, a própria percepção é instável, havendo comportamentos impulsivos e autodestrutivos recorrentes. É constante a variação e reatividade no afeto e no humor; há a presença de sentimentos de raiva e dificuldade em controlá-la, além de sentimentos de estresse e paranoides transitórios.
O ser humano sempre busca evitar o abandono. Ele ama ou odeia na mesma intensidade, oscilando entre os sentimentos e sem controle dessas alterações afetivas.
Os medos, imaginários ou reais, levam a atitudes impulsivas e descontroladas, em busca de confirmação dos seus pensamentos.
Existe um padrão de sabotagem pessoal, ou seja, o medo de alcançar algo faz com que a pessoa tenha uma atitude destrutiva precipitada em relação à situação.
Estima-se que, em média, de 1,6% a 5,9% da população pode apresentar o transtorno de personalidade borderline. As pessoas apresentam um padrão de instabilidade emocional mais forte no início da vida adulta e, entre os 30 e 50 anos de idade, o transtorno fica mais estável.
O transtorno de personalidade borderline é, aproximadamente, 5 vezes mais comum entre parentes biológicos.
Existe tratamento psicoterápico para o transtorno de personalidade borderline. Em geral, os pacientes passam a apresentar melhora dos sintomas descritos acima ou deixam de apresentar um padrão de comportamento que atenda a tais critérios.